Muito se fala de aproximar o mercado de trabalho da universidade, afinal um dos objetivos da última é a empregabilidade dos alunos. No entanto, a realidade tem se mostrado outra, e a curricularização da extensão propõe realizar essa integração.
A Educa Insights realizou uma pesquisa em 2021 que demonstrou que mais de 60% dos estudantes e gestores acreditavam que os universitários egressos estavam preparados para exercer as profissões que escolheram. Em contrapartida, apenas 39% dos líderes empresariais entrevistados concordam com a afirmação.
Ainda, a mesma pesquisa relata que os mesmos líderes empresariais veem que mais de 70% das universidades colocam disciplinas muito distantes das realidade do mercado de trabalho.
Essa defasagem que o ensino acadêmico é agravante para a carreira do futuro discente e para os futuros profissionais que vão entrar no mercado de trabalho despreparados. Para mudar o cenário, a resolução CNE/CES Nº 7/2018 vem ao encontro dos estudantes e docentes para tornar a teoria mais próxima da prática.
Continue a leitura do artigo para ver mais a respeito da Curricularização da Extensão.
O que é a curricularização da extensão?
A normativa CNE/CES Nº 7/2018 determina que 10% da carga horária dos cursos de graduação deverá ser aplicada em projetos de extensão, ou seja, a Curricularização da Extensão. O prazo para adequação termina agora, em 2022, para o terror de muitas instituições por mudar toda a Proposta Pedagógica do Curso (PPC).
A extensão universitária tem a intenção de transcender os estudos para fora da universidade ao trazer a aplicação da teoria na sociedade. São projetos unidos ao social, onde o universitário pode aplicar aquilo que aprendeu em sala de aula para saber como é na realidade.
Logo, a adequação das instituições de ensino à normativa da curricularização da extensão promete justamente fazer com que a universidade desenvolva mais os seus alunos e suas competências para que eles estejam alinhados com as expectativas do mercado de trabalho.
Quais os desafios de adequação das instituições à curricularização da extensão?
Começando pelos desafios das IES, como o prazo encerra este ano, é preciso avaliar que tipo de egresso a universidade quer formar para que então escolha como incluir o mínimo de 10% no PPC, o que fica em função do perfil da instituição e da leitura dos cursos.
É importante escolher qual caminho seguir para que a IES realmente faça da extensão parte do currículo de forma efetiva, e considerar indicadores de desempenho para saber avaliar os resultados da aplicação.
O maior desafio consiste em como sistematizar os processos para incluir a porcentagem determinada juntamente saber se está dentro do padrão de qualidade estabelecido.
Como a curricularização da extensão aproxima os alunos do mercado de trabalho?
Com a transformação digital e aceleração que teve através da pandemia com os recursos para aprendizagem a distância, as IES já foram impactadas para transformar seus cursos e recursos no formato digital.
Além disso, a necessidade dos alunos foi mudando. Muitos interromperam seus estudos por não conseguirem sustentar na cidade da universidade em modelo presencial. Logo, a evasão de alunos foi crescendo. Ainda, o interesse por cursos a distância aumentou, o que demonstra ser uma alternativa para reter mais estudantes nas IES.
A metodologia de aprendizagem híbrida e outras metodologias promovem mais autonomia do aluno através de uma aprendizagem onde o aluno é o protagonista da própria educação. Logo, a experiência é bem diferente de antigamente, em que o professor era o único detentor do conhecimento.
Também as novas tecnologias possibilitam que o desempenho do aluno seja avaliado de forma mais personalizada através da plataforma de aprendizagem. Assim, o feedback é mais criterioso e o engajamento entre professor e aluno é bem maior.
Ainda, ao explorar as competências e habilidades que o mercado de trabalho deseja, a empregabilidade dos egressos aumenta e assim há maior retenção de alunos na universidade.
Com isso, a curricularização está no caminho que o mercado educacional já vem seguindo há algum tempo. “O que traz de muito positivo na resolução 7 é oportunizar o link de aplicar na prática o conceito, a teoria, o que tanto se fala na Academia, na sala de aula”, afirma Renata Perrenoud, co-fundadora da Inovatio Educação em participação da Mesa Redonda Curricularização da Extensão: métodos e tecnologias para cumprir a norma do CNE nº 7/2018.
Na mesma mesa redonda, a co-fundadora da Inovatio Educação acrescentou que há cases de sucesso de instituições que se adequaram à resolução através da aprendizagem baseada em projetos, outra metodologia ativa que permite que o estudante tenha a experiência da extensão por meio dos projetos.
Em suma, é necessário se basear nas diretrizes da normativa para adequar sua IES à curricularização da extensão. Mesmo não sendo uma novidade, é um desafio para as instituições de ensino superior pelo prazo que foi estabelecido. Mas também as mudanças prometem ser positivas para a empregabilidade dos estudantes.
Além disso, o desenvolvimento das competências e habilidades por meio de metodologias ativas e personalizadas possibilitam maior flexibilidade e engajamento dos estudantes, o que também proporciona maior retenção de alunos, ou seja, maior fluxo de caixa, controle de evasão dos estudantes e aumento do ROI.
A curricularização da extensão aproxima o estudante do mercado de trabalho e do social, para comprovar que a teoria tem aplicabilidade. Logo, dá mais confiança na escolha do curso e da qualidade da instituição.
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Além disso, a nossa plataforma conta com diversas ferramentas robustas de gestão e dashboards detalhados, que viabilizam a visualização da performance do estudante em tempo real e geram insights de melhorias nos processos educacionais, de acordo com as necessidades de cada aluno. Otimizando, dessa forma, o nível educacional como um todo.
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