Ir para o conteúdo principal

Reimaginando a experiência de aprendizagem no ensino superior

Sabemos que cada vez mais instituições estão buscando maneiras de promover melhor experiência de aprendizagem aos seus alunos, não apenas no ensino básico, mas também na educação superior.

Essas iniciativas, por sua vez, visam tornar não apenas a grade curricular mais atraente aos estudantes, mas também garantir mais qualidade no ensino, propor melhores condições de aprendizagem e viabilizar total aproveitamento desses matriculados.

Houve inclusive transformações na própria legislação brasileira. A própria BNCC, a extensão da curricularização demonstram a preocupação com a autonomia do aluno. Isso se dá pelas mudanças no mercado educacional e pelos novos modelos de ensino remoto e híbrido.

Com a pandemia de covid-19, escolas e universidades foram obrigadas a estarem fechadas para habilitar a aprendizagem online. Não é como se ela não existisse antes, mas ela foi impulsionada. Em razão disso, novas reflexões foram feitas sobre o ensino e a aprendizagem.

Considerando as metodologias tradicionais em comparação com as metodologias ativas, as primeiras não são pensadas para as gerações atuais. Uma experiência que enxerga o aluno como mero receptor não é suficiente. Logo, as metodologias ativas vem ao encontro dessa necessidade do protagonismo na educação, e a tecnologia como aliada promove melhor desempenho através do monitoramento das habilidades e competências.

A aprendizagem é uma parte essencial do desenvolvimento humano e é importante que reimaginemos a experiência de aprendizagem do ensino superior para permitir uma experiência mais acessível e envolvente.

Para nos aprofundarmos ainda mais neste tema, recentemente, a D2L Global fez um webinar bem interessante e contou com a participação de Clay Shirky, Vice-reitor De Tecnologias Educacionais da NYU (New York University e Universidade de Nova Iorque), que conversou com Ken Chapman, Vice-presidente De Pesquisa De Mercado da D2L.

Embora o webinar esteja em inglês, trouxemos abaixo alguns dos principais pontos discutidos acerca do futuro da educação, consequências da pandemia e mudanças sentidas no comportamento e expectativas dos alunos do ensino superior. Continue com a sua leitura e confira!

Compliance Educacional: entenda o que é e a sua importância para IES

Não há dúvidas de que a gestão de instituições do ensino superior ganhou novas nuances no mundo atual. Por sua vez, esses processos não têm suscitado apenas transformações na aprendizagem,…

Saber mais

O papel da tecnologia na experiência de aprendizagem

A experiência de aprendizagem do ensino superior está mudando e evoluindo para atender às necessidades dos alunos de hoje. O uso de tecnologias educacionais em sala de aula está em ascensão, e isso é uma coisa boa.

As tecnologias educacionais ajudam os alunos a aprender de forma mais eficaz, proporcionando-lhes uma experiência de aprendizagem imersiva.

Chapman destaca, a primeiro momento, o papel que a tecnologia desempenha no ensino superior, especialmente em um cenário em que a educação digital está tão polarizada.

Segundo o Vice-presidente De Pesquisa De Mercado da D2L, “a oportunidade que a tecnologia nos apresenta atende esta grande mudança que vemos no ensino superior atualmente”.

Nesse cenário, entendemos que as instituições não devem se posicionar de uma maneira conservadora, evitando mudanças e desafios. Muito pelo contrário, é preciso abraçar essas disrupções para se recuperar das dificuldades trazidas pela pandemia.

Para tal, tanto Chapman quanto Clay Shirky concordam que a preparação é crucial e já temos visto isso acontecer. Instituições que estavam mais maduras digitalmente ou mais organizadas nesse sentido, conseguiram migrar para o universo online sem dificuldades.

Por outro lado, ainda temos instituições de ensino superior que não conseguiram se adequar 100% ao mundo digital e, por isso, estão enfrentando outros problemas além da crise, como insatisfação dos alunos e alto índice de evasão.

O número de alunos que saíram das universidades foi gritante durante a pandemia. Ao mesmo tempo que os alunos tiveram que interromper os estudos, seja por não conseguir sustentar os estudos no formato presencial ou outras circunstâncias, a procura por cursos a distância cresceu bastante nesse período, chegando hoje a mais de 50%, segundo a ABMES.

Para entender um pouco a percepção dos participantes do evento, foi feita a seguinte pergunta no final do webinar: “O que tornará sua organização mais atraente para os alunos nos próximos anos?”. Sem pestanejar, 24% dos participantes responderam com “Uso mais consistente da tecnologia”.

No entanto, o uso da tecnologia é um tópico bastante vasto, afinal, qual é a maneira mais eficaz pela qual as instituições podem consistentemente incorporar tecnologia em seus programas de ensino e aprendizagem para fornecer educação de qualidade?

De acordo com Shirky, “a tecnologia é um amplificador”. Em outras palavras, as instituições não devem tentar usar a inovação para adquirir recursos que ainda não existem para elas.

Os alunos de hoje são nativos digitais. Eles estão acostumados ao ambiente dinâmico e interativo da internet e das plataformas de mídia social. Uma maneira de melhorar sua experiência educacional é usando tecnologias interativas em sala de aula.

O sistema de ensino superior precisa ser repensado. Ele precisa ser acessível e mais acessível. Existem muitas maneiras diferentes de fazer isso, mas uma delas é usando tecnologias educacionais.

Existem muitas novas tecnologias que foram desenvolvidas para ajudar a tornar o ensino superior mais acessível e melhorar a experiência de aprendizagem dos alunos. A lista a seguir inclui alguns deles:

  • Realidade Virtual 
  • Realidade Aumentada 
  • Inteligência Artificial 
  • Mundos Virtuais
  • Jogos de Computador 

As tecnologias educacionais podem ajudar os alunos a aprender de maneira mais interativa e dar a eles a capacidade de aprender em seu próprio ritmo, o que é muito melhor do que o ensino baseado em palestras que existem ainda por aí.

Em vez disso, para adotar as tecnologias educacionais, as instituições devem se perguntar: quais de nossos objetivos gostaríamos de ampliar? Como uma tecnologia específica pode acelerar essa meta (e por que queremos que isso ocorra)?

Shirky recomenda começar com o problema que precisa ser resolvido, em vez de começar com a solução e retroceder. Isso significa que as instituições de ensino precisam entender quais são as suas deficiências para, então, aplicar a inovação para resolver esses desafios.

O maior desafio da educação pós-pandemia: Como trazer os alunos de volta para as instituições de ensino?

O Brasil está lidando com altíssimas taxas de evasão nas Graduações, dificuldade para se conectar com os alunos de todos os níveis e mantê-los estudando de forma remota. Trazê-los de…

Saber mais

Inclusão na educação e experiência de aprendizagem

A inclusão digital tem se tornado um tópico de conversa cada vez mais importante no contexto do ensino superior.

No passado, as preocupações do corpo docente com os alunos se concentravam em perguntas como “meus alunos estão prestando atenção na minha aula?”.

Hoje, vemos uma série de perguntas com mais ênfase na experiência dos alunos com a educação, como: “Todos os meus alunos conseguem acessar minha aula? Minha pedagogia é inclusiva? As diversas vozes dos alunos e identidades sociais estão sendo representadas?”.

Considerações como acesso a computadores e serviços de Internet são apenas uma peça de um quebra-cabeça maior, observa Shirky.

Devemos também pensar se nossos alunos têm acesso a dinheiro para livros didáticos e outros recursos educacionais, espaços de estudo silenciosos, tempo ininterrupto para trabalhar e, até mesmo, necessidades básicas como comida, abrigo, água e sono.

O atual sistema de ensino superior não foi projetado para atender às necessidades dos alunos de hoje. A falta de acessibilidade no sistema de educação levou a uma lacuna cada vez maior entre aqueles que podem pagar e aqueles que não podem pagar uma educação de qualidade.

Sem falar no próprio acesso à internet. No caso do Brasil, ainda parcela da população não é alfabetizada digitalmente e não possui acesso à internet. Os questionamentos levam a essas reflexões: qual o papel das instituições de ensino? Como preparar os alunos para essa nova realidade?

Além disso, o design universal para a aprendizagem (UDL), que trata elementos como inclusão, adaptação, flexibilidade e simplicidade, se tornou muito mais popular e com razão.

Ao incorporar práticas eficazes de acessibilidade para ensino e aprendizagem online, muitos educadores estão agora percebendo que tais iniciativas também são úteis para uma gama mais ampla de alunos que eles nem mesmo sabiam que estavam sendo mal atendidos.

A flexibilidade do ensino e aprendizagem através do ensino híbrido é um dos caminhos. Como já foi citado anteriormente, o ensino a distância foi uma alternativa para manter os estudos de vários alunos que não suportaram o modelo tradicional. Logo, através dessa metodologia, os alunos não precisam ir sempre para a universidade presencialmente, além de poderem consumir o conteúdo da melhor forma possível segundo a sua rotina.

Esse tipo de preocupação faz com que a universidade se torne muito mais preparada para lidar com aspectos como respeito à diversidade e promoção da democratização do ensino, se adequando às mais diversas necessidades dos alunos e potencializando a experiência de aprendizagem.

O futuro da educação está mudando. Estamos vendo cada vez mais estudantes que não podem pagar um ensino superior tradicional. Eles precisam esperar anos antes de poderem se matricular em um programa de graduação ou precisam fazer empréstimos. Nesse cenário, a única maneira de obter a educação de que precisam é por meio de cursos online e tecnologias educacionais.

Com o advento das novas tecnologias, é hora de repensar a própria experiência educacional.

A sala de aula tradicional está se tornando obsoleta à medida que a tecnologia oferece experiências de aprendizado mais personalizadas, acessíveis e interativas.

O cenário em mudança do ensino superior levou à necessidade de métodos de ensino adaptativos e responsivos. O uso de tecnologias educacionais na educação tem sido um fator importante para melhorar a experiência de aprendizagem dos alunos.

Temos visto uma mudança na forma como aprendemos nos últimos anos. Com as tecnologias cada vez mais acessíveis, os alunos agora podem aprender de qualquer lugar e a qualquer momento. Se você tiver um laptop, tablet ou smartphone, poderá acessar informações sobre qualquer assunto e fazer aulas interativas.

O ambiente de sala de aula tradicional não é tão popular quanto costumava ser. Isso se deve aos muitos benefícios que vêm com o aprendizado fora do ambiente de sala de aula, como maior motivação e níveis de engajamento, melhores taxas de retenção e maior interação aluno-professor.

Cursos online não são apenas assistir a vídeos na tela do seu computador. Eles se tornaram interativos com a ajuda de tecnologias educacionais como aprendizagem adaptativa, gamificação e realidade aumentada. Os alunos agora podem aprender em seu próprio ritmo, escolhendo o que querem aprender e quando querem aprender.

Logo, o ensino superior é uma parte fundamental do sucesso futuro. Com o rápido desenvolvimento da tecnologia, é importante repensar a experiência de aprendizagem e torná-la mais acessível a todos os alunos.

O modelo tradicional de sala de aula não é ideal para todos e isso foi comprovado por muitos estudos. Algumas pessoas aprendem melhor quando têm mais oportunidades de explorar e experimentar sua própria maneira de aprender. É por isso que devemos dar uma olhada em como o ensino superior pode ser reimaginado para fornecer uma experiência melhor para os alunos no futuro.

E o futuro da experiência de aprendizagem?

Investimos tanto na mudança para ambientes de aprendizagem remota e blended learning (ensino híbrido) que é inconcebível pensar que podemos perder esse trabalho no retorno às aulas presenciais.

Com a mudança para o digital, muitos elementos de ensino e aprendizagem tornaram-se mais fáceis e colaborativos, mas outros aspectos sofreram impactos, incluindo as questões de socialização e interação.

Por isso, é necessário realmente investir na conexão social entre professores e alunos (ou peer to peer) como uma prática deliberada. Por sua vez, essas iniciativas não serão desperdiçadas, mas, mais tarde, também serão aplicadas na sala de aula física.

Algumas dicas e truques fornecidos por Shirky incluem ligar sua webcam antes da aula para bater um papo informal com os alunos, ficar depois da aula para se despedir ou responder a perguntas, trabalhar intencionalmente para estabelecer conversas e ter o hábito de envolver os alunos nas aulas.

Uma coisa fica clara: após a pandemia, nem os alunos, nem os professores e muitos menos as instituições de ensino serão os mesmos. A tecnologia continuará fazendo parte da vida dos estudantes e de todo o corpo docente.

Mesmo que retornemos ao presencial, muitos matriculados e professores ainda vão querer continuar no online, afinal, o EAD é uma metodologia que funciona, com as iniciativas e ferramentas corretas.

Isso significa que as IES apenas serão capazes de atender essas demandas do futuro da educação por meio da tecnologia, isso porque essa iniciativa promove uma experiência de aprendizagem positiva aos alunos e dinamiza todos os processos educacionais.

A D2L tem atuado ativamente para auxiliar as instituições de ensino na adequação completa ao mundo digital. Com a Plataforma Brightspace, é possível criar cursos completos e engajadores, assim como acompanhar de perto o desempenho dos alunos.Quer saber mais? Acesse agora mesmo e solicite uma demonstração gratuita do nosso sistema de gestão da aprendizagem!

Written by

Stay in the know

Educators and training pros get our insights, tips, and best practices delivered monthly

índice
  1. O papel da tecnologia na experiência de aprendizagem
  2. Inclusão na educação e experiência de aprendizagem
  3. E o futuro da experiência de aprendizagem?

Hello,

Would you like to visit a page that exists in your region?

Take me there